Nazariooo

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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

A Saudade e o Tempo ....

Dizem que o tempo cura tudo.

Mentira!!!


Hoje me deparei com o maior inimigo do homem


A saudade! Pois isto nem o tempo pode curar.


Quando ela aperta, só o que nos resta é sonhar.


O tempo não volta.


O que sobra é olhar p/ frente e se fazer de contente.



O tempo não cura tudo. Aliás, o tempo não cura nada, o tempo apenas tira o incurável do centro das atenções.


Passado Ferido !

DOIIIIIIII 

É preciso esclarecer sobre que tipo de amor estamos falando.
O amor que se fala é aquele desejo-apego que busca obter satisfação de curto, médio e longo prazo.
Esse tipo de amor tem um engano estrutural que dará início a toda série de desastres que se sucedem a ele. O engano é que a felicidade está repousada na presença e existência de uma outra pessoa.
Um amor machucado, portanto, é uma relação frustrada entre duas pessoas que esperaram demais, exigiram tudo e ofereceram pouco.
Um amor machucado é fruto de uma história de escassez e egocentrismo. De ambos lados. Interesses e expectativas idealizadas que não se cumpriram num prazo imaginário do casal.
As sequelas de um “amor” desse tipo é sempre a mágoa que se arrasta por muito tempo. É a tentativa da vítima reaver sua posição de superioridade diante da disparidade deixada no abandono.
“Ele me magoou, abandonou e me senti humilhada”
Enquanto ela continuar reivindicando ter o seu posto supremo e seguro de volta não conseguirá se desligar do “amor” do passado. É preciso ressaltar, se fosse amor de verdade e maduro, não estaria machucado ou ressentido. O amor maduro não pendura seu bem estar nas ações de outra pessoa, portanto, o que quer que o outro faça não irá arranhar essa base sólida. Se um relacionamento termina cheio de acusações algo terrível está por vir.
Imagine um polvo cheio de tentáculos à espreita de uma nova vítima.
Assim é uma pessoa com o amor machucado. Um amor devastado, diminuido, enfraquecido e essencialmente ressentido. Pronto para agarrar o próximo homem que irá lhe salvar.
Essa é a premissa falsa por trás da cura que é a da culpa de um homem que será resgatada por outro homem que a salva.
No próximo relacionamento, o novo “amor” irá arcar com uma pesada herança: superar a idoneidade e integridade falida do amor antigo. Será o salvador que irá resgatar a donzela das garras daquele homem crápula e sem coração que a machucou.
Esse fardo sobre o novo amor poderá criar um clima denso. A base do novo relacionamento surge da tentativa de superar o anterior. Não é um amor livre, mas uma promessa de correção de uma dor criada numa ilusão.
Aquele amor não era culpado de nada e o novo não vai salvar ninguém.
Por que? Porque ninguém é criança ou vítima dos sentimentos e “maldade” de pessoas mal intencionadas.
Se uma mulher acusa um último relacionamento ela acusará o seguinte também.
A “cura” definitiva é que essa mulher assuma sua parte na ilusão. Afinal, toda ilusão é uma via de mão dupla.
Portanto, um amor não cura outro se ele tentar curar.
Se tentar remediar ou superar o antigo irá herdar a ideia de uma culpa (base do engano).
O salvador de hoje será a decepção de amanhã, pois essa mulher insaciável sempre vai querer mais.
Se o novo amor for um espaço de realização mútua em que cada um oferece o seu melhor, sem cobrança e sem acusação pode existir alguma chance real de algo bom acontecer.